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Jovens e a Renovação na Política
Giovanna Yule

Giovanna Yule

Secretária da Juventude nacional do Solidariedade

Jovens e a Renovação na Política
imagem via freepik

O processo eleitoral brasileiro ainda é marcado por uma desigualdade histórica na composição dos candidatos. Os perfis tradicionais seguem predominando, com maior presença de homens, pessoas brancas e candidatos com idade mais avançada que vem aumentando, segundo levantamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para disputar um cargo eletivo no Brasil, é necessário cumprir requisitos constitucionais, como: ser brasileiro, estar em pleno exercício dos direitos políticos, possuir título de eleitor regular, ter domicílio eleitoral na região em que deseja concorrer e estar filiado a um partido político. Além disso, a Constituição estabelece idades mínimas para certos cargos; o que, para os jovens, representa uma barreira significativa logo no início de suas trajetórias, dificultando a entrada nos espaços de poder.

Esse cenário contribui para um fenômeno preocupante: a crescente desmotivação da juventude em participar ativamente da política ; seja como eleitores engajados ou  seja como candidatos. A cada eleição, observa-se uma queda no número de jovens interessados em disputar cargos públicos ou mesmo em se filiar a partidos políticos. Essa tendência enfraquece a renovação política e reduz a representatividade de uma geração que é parte expressiva do eleitorado.

Primeira vez os resultados das eleições de 2024 no Brasil demonstram a idade média dos candidatos a prefeitura ultrapassou 50 anos já a media de idade para vereador foi 46,9 anos, segundo dados do TSE. Esse dado revela uma tendência de envelhecimento no perfil dos candidatos, que se consolida desde as eleições de 2000, realidade na qual a juventude tem cada vez menos espaço de representação. Além disso, as estatísticas mostram uma diminuição constante nas filiações partidárias entre jovens, o que reforça a necessidade de repensar o modelo de engajamento político atual.

A baixa presença de jovens na disputa eleitoral revela barreiras tanto estruturais quanto culturais. Faltam oportunidades de formação, incentivos à participação, e canais efetivos de inclusão política. Mesmo sendo protagonistas ativos nas redes sociais e em movimentos sociais, os jovens ainda enfrentam dificuldades para ocupar os espaços institucionais de decisão.

Diante desse contexto, torna-se urgente investir na capacitação política da juventude brasileira, oferecendo meios de acesso ao conhecimento sobre seus direitos, deveres e formas de atuação política consciente. A educação política é uma ferramenta essencial para empoderar jovens líderes e prepará-los para os desafios das eleições e da vida pública.

Com esse objetivo, o Partido Solidariedade junto com a Fundação Primeiro de Maio, criou o curso Gerando Líderes; um projeto voltado à formação de jovens comprometidos com a ética, o bem comum e a transformação social. A iniciativa visa desenvolver habilidades estratégicas, aprimorar a comunicação, oferecer fundamentos da atuação política e, acima de tudo, incentivar o protagonismo da juventude na construção de um país mais justo e democrático.

Se você acredita que o Brasil precisa de renovação política, e quer fazer parte dessa transformação, este é o seu momento. O curso Gerando Líderes está aberto para jovens que desejam se preparar para atuar com responsabilidade e inovação no cenário político nacional.

A juventude não representa apenas o futuro da política,  ela é parte ativa e transformadora do presente. Sua presença como candidata ou candidato é essencial para defender pautas que dialogam com os desafios reais da sociedade, trazendo uma nova perspectiva para os espaços de decisão.