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A juventude e o caminho profissional: Perspectiva para a força de trabalho jovem no Brasil
Eduardo Silva

Eduardo Silva

Vereador do Solidariedade em Juquitiba/SP

A importância do incentivo à formação profissional, emprego e renda

No dia 24 de abril celebramos o ” Dia do Jovem Trabalhador”. A data reforça que devemos olhar com atenção especial sobre quais ações são desenvolvidas no presente para que os jovens tenham condições de trabalhar com dignidade, para desenvolver todo o seu potencial e contribuir para a construção do futuro do nosso país.

Em primeiro plano, cabe analisar que desde o surgimento do primeiro caso de coronavírus, muita coisa mudou. Na economia, o vírus afetou empregos, causou redução de salários, atacou a produção industrial, o comércio e os serviços. Os especialistas acreditam que passamos pela maior crise na geração e manutenção de empregos desde a Primeira Guerra Mundial.

No que diz respeito sobre a perspectiva para a força de trabalho do jovem no Brasil, é possível observar que o número de pessoas com acesso à educação e tecnologia aumentou. Entretanto, essas questões não estão sendo suficientes, pois os jovens não são preparados para as atividades do mercado de trabalho e muitos não conseguem ter controle psicológico para a competição contida no meio. 

A falta de preparo dos jovens quanto às atividades contidas nos empregos oferecidos, já era uma preocupação antes da pandemia, e com a evolução do coronavírus só se agravou devido à dificuldade na competição em busca de uma vaga no mercado de trabalho. Visto que, nas escolas, somente matérias comuns são passadas e, até mesmo nas de ensino técnico, ensinam apenas a teoria dos assuntos. Com isso, os jovens não têm nenhum tipo de experiência para competir com aqueles que já trabalharam.  Dessa forma, o desemprego continua presente nessa faixa etária, pois a experiência é um fator essencial para conquistar uma vaga. 

A Aprendizagem Profissional (estabelecida pela Lei nº.10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto n° 9.579/2018) que cria oportunidades para o Aprendiz (jovens entre 14 e 24 anos) foi um grande avanço no Brasil. Essa lei estimula e insere o jovem no mercado de trabalho, ao mesmo tempo que permite às empresas formarem um profissional qualificado, algo cada vez mais necessário em um cenário econômico em permanente evolução tecnológica e a economia em constante ameaça.

Além disso, é importante ressaltar a falta de controle emocional dos jovens. Como dito por Augusto Cury, a geração atual sofre com a Síndrome do Pensamento Acelerado e não tem autocontrole. Dessa maneira, encaixando essa questão no âmbito do ingresso no mercado de trabalho, é notório que muitos falham em um ponto determinante para conseguir fazer parte da entrevista de emprego. Ou seja, ficam nervosos e passam insegurança, e muitas das vezes a timidez atrapalha, assim, a vaga fica cada vez mais distante de ser alcançada.

Fica claro, portanto, a importância dos governos e das empresas estimularem os jovens para a parte prática da conquista de uma vaga de emprego, por meio de cursos e aulas extracurriculares realizadas por profissionais de inúmeras áreas, a fim de capacitá-los e oferecer experiência. 

Vale ressaltar que, em tempos de crise econômica e com o avanço da tecnologia, surgiu a figura do jovem empreendedor, e para que ele possa se descobrir e ter sucesso nesse caminho, é preciso a busca por um olhar empreendedor para o seu negócio.

Neste sentido é que precisamos investir na qualificação profissional, para descobrirmos novos talentos no mundo competitivo do mercado de trabalho. Além disso, precisamos educar emocionalmente os jovens, através de palestras com relatos de outras pessoas e de profissionais como psicólogos, além do acompanhamento psicológico com o objetivo de ajudar os jovens a lidar com as próprias emoções em situações difíceis, para que possam ser estimulados a conquistar a autoconfiança.