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Dia da Independência: Histórico da política brasileira
Eduardo Rodrigues

Eduardo Rodrigues

Estagiário da Fundação 1º de Maio

Dia da Independência: Histórico da política brasileira
Imagem: IStock

Hoje, dia 7 de setembro, comemoramos o Dia da Independência. Formalizada em 1822, após Dom Pedro proclamar o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, o que gerou o rompimento do Brasil com Portugal, tornando nosso país, oficialmente, “Império do Brasil”.

Brasil Império

O Brasil Império (1822-1889), foi um período na história do país de grandes transformações políticas e econômicas, dividido em três fases. O primeiro Reinado (1822-1831), o Período Regencial (1831-1840) e o Segundo Reinado (1840-1889), e teve fim em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.

Vale lembrar que, nesse período, a Revolução Liberal do Porto, o retorno da Corte para Portugal – além de outros conflitos – foram determinantes para a Independência brasileira.   

Período Republicano

A República Brasileira, período em que estamos, pode ser dividida em sete fases:

  • A Primeira República (1889-1930);
  • Governo Provisório (1930-1934);
  • Constitucional de Vargas (1934-1937);
  • Estado Novo (1937-1945);
  • Quarta República (1945-1964); 
  • Ditadura Militar (1964-1985);
  • Nova República (1985-até os dias atuais).

Contudo, mesmo diante do sistema republicano, o Brasil possui historicamente sérias dificuldades em manter-se sob o regime democrático, como o Estado Novo e a Ditadura Militar, períodos extremamente autoritários e de destituição da democracia.

Nova República

Três anos após o fim da Ditadura Militar, foi promulgada uma nova Constituição – a Constituição Cidadã – em 1988, elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte presidida pelo deputado Ulysses Guimarães e composta por 559 parlamentares, que restabeleceu a democracia.

A Nova República, apesar de ser o maior período democrático, já passou por processos de “impeachment”. O mais recente foi contra Dilma Rousseff, que resultou na cassação de seu mandato.

Democracia nos dias de hoje

Jair Bolsonaro tomou posse como presidente no dia 1º de janeiro de 2019, com o discurso de defensor de valores familiares e políticas de segurança pública. Entretanto, tornou-se um mandatário de extrema direita, promovendo diversos ataques à democracia.

O mais famoso, foi a PEC do voto impresso – rejeitado na Câmara dos Deputados. O resultado foi uma derrota para o presidente, que sem apresentar provas, dizia haver fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica. “Ou fazemos eleições limpas, ou não teremos eleições”, disse Bolsonaro.

Além disso, a ONG Repórteres sem Fronteiras incluiu o presidente no relatório “Predadores da Liberdade de Imprensa”, lista que contém 37 líderes mundiais que impõem repressão em massa à imprensa, entre eles;

  • Nicolás Maduro (presidente da Venezuela).
  • Vladimir Putin (presidente da Rússia)
  • Kim Jong-un (Líder supremo da Coreia do Norte)
  • Bashar Al-Assad (presidente da Síria)

Segundo a ONG, o presidente dificulta a vida de jornalistas desde que assumiu o cargo (e que a agressividade atingiu novos níveis na pandemia), além de insultar, difamar e humilhar os profissionais de comunicação.

Manifestações 7 de setembro

Segundo o Google Trends, o termo “golpe 7 de setembro”, disparou na busca do Google nos últimos dias, o que deixou o cenário preocupante, pois haverão manifestações a favor e contra o presidente no país inteiro.

Do mesmo modo, Bolsonaro disse que não haverá golpe. “Estão dizendo que quero dar golpe. São idiotas, já sou presidente”, afirmou. Além disso, convocou simpatizantes e confirmou sua presença na manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Por fim, sua atividade se concentra em perseguir críticos, opositores e imprensa. Além de inventar notícias falsas – desmentidas pelos veículos de comunicação -, e criar crises políticas.

Fonte: El País, G1 e Mundo Educação